Devo ter um perfil particular e outro profissional?

Durante as sessões de consultoria de Branding Pessoal, é muito comum que minhas clientes perguntarem se elas deveriam ter um perfil, especificamente no Instagram, para suas publicações pessoais e outro para suas publicações particulares.

A resposta a todas elas – clientes – foi uma só: Não. Nós não precisamos ter dois perfis. Isso porque nós não somos duas pessoas diferentes. Todos nós desempenhamos papeis diferentes ao longo de nossa jornada, que muitas vezes precisam ser adequados ao ambiente ou mesmo ao estilo, mas quem nós realmente somos nunca muda.

Desta forma, um perfil separado para fins profissionais e outro com finalidade pessoal não faz sentido à estratégia de posicionamento de marca pessoal, já que ser verdadeiro é a premissa do branding pessoal.

Durante muito tempo, as consultorias de Branding Pessoal e de Marketing Pessoal pregavam que era necessário se colocar de maneira diferente quando no ambiente de trabalho. Foi um triste entendimento do passado que hoje se torna cada vez mais distante, mas que acredito ter gerado esta confusão.

O que realmente importa é ter equilíbrio, objetivos bem definidos e valores bem arraigados para assim, adequar sua imagem pessoal aos ambientes sociais ou profissionais, sendo estes presenciais ou digitais.

O necessário no processo de construção de marca pessoal é adequar, ponderar e entender se as publicações das redes sociais estão condizentes com os objetivos e com os valores pessoais da sua marca.

Por isso, é tão importante o autoconhecimento. Entender o que te torna único e trabalhar sua imagem de maneira mais condizente com os papeis que você desempenha durante sua jornada. O que importa mesmo é coerência entre identidade e imagem de marca.

Mas Isa, e quando eu não quero expor minha vida pessoal?

Muitas clientes dizem para mim: Ai Isa, eu não quero que meus clientes vejam minhas fotos em festas.

Tudo bem! É uma opção. Mas vou te dizer uma coisa: hoje em dia, as redes sociais funcionam como uma importante vitrine para o nosso trabalho. Bem planejadas, essas redes são importantes ferramentas que ajudarão, e muito,  no posicionamento e na gestão de sua marca pessoal.

A superexposição – que é diferente de tornar público o que você faz – não é benéfica nem para o valor de sua imagem e nem para sua segurança pessoal, mas é saudável demonstrar que você tem uma vida como qualquer outra pessoa.  

Além das redes sociais serem ferramentas com alcance bastante interessante, seus usuários – que são os seguidores de alguém – nutrem certa curiosidade sobre a vida pessoal de quem eles seguem. Caso esta curiosidade não seja patológica, pode ser benéfica para o seu engajamento. O que teria de errado em publicar uma ida ao cinema para assistir ao “O Rei Leão”, por exemplo?

Como saber se me excedi nas redes sociais

O excesso é muito relativo e geralmente acontece quando algo que você publicou interfere negativamente em sua imagem ou em suas atividades. Vale sempre pensar e repensar antes de publicar.

Se você pesquisar no Google o termo “etiqueta nas redes sociais”, vai encontrar inesgotáveis artigos que debatem o que é certo e errado para se postar em uma rede social. Alguns estarão separados especificando o que é bom para cada uma das redes sociais.

Esses manuais só servirão se você tiver definido, e muito bem, sua promessa de marca e o que você quer entregar para os seus seguidores, ou seja, como sua marca resolve a dor de cada seguidor. Além disso, as publicações têm de estar alinhada à imagem de marca que é a sua reputação, ou seja, a maneira como o publico te percebe. No contexto online, essa percepção será moldada de acordo com suas publicações.

Credibilidade

Com tantos aplicativos, tanta tecnologia e um mundo robótico, passar credibilidade e confiança aos seus clientes ou aos seus seguidores torna-se ainda mais importante.

A credibilidade vem do relacionamento que você constrói com as pessoas e da autoridade que elas veem em você em relação ao segmento do qual sua marca pertence.

Quando você se aproxima da vida real, quando as pessoas percebem referências em você que lhes são comuns, quando você tem o poder de gerar o que a programação neurolinguística chama de rapport, ou seja, a conexão criada entre pessoas por empatia isso tudo ajuda a gerar credibilidade que, no ambiente online, é percebida pelas publicações que demonstram que você não é uma pessoa superior, mas alguém com uma vida pessoal como aqueles que te seguem.

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